Artigo

OPINIÃO: O mês ¿D¿

Martha Souza

O dezembro voltou em disparada. E, com ele, vamos direcionando os sonhos para o novo ano. É o momento que, muitas vezes, repetimos as promessas de tempos anteriores. A dieta, as atividades desportivas, o dinheiro extra – quem sabe ganhando na loteria – aquela, que geralmente esquecemos de jogar. 

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É o período que ficamos tendenciosos a gastar um pouco mais. Fase de dinheiro desembolsado com os infindáveis presentes das listas de amigas(os) secretas(os) que serão desvelados ao longo dos próximos 30 dias. E as despesas com as decorações para o Natal, que são ofertadas em cada esquina? Luzes vibrantes e papais noéis disseminados pelas vitrines, mercados, feiras de artesanatos e até mesmo nas drogarias. Tentador. 

Precisamos exercer, dezenas de vezes, a matemática para programar a reserva técnica para o IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares, a revisão do carro para a tão esperada viagem de verão. Praia, serra ou campo? Não interessa, o mês “D” tem sabor de descanso. Pode ser até um passeio rápido, na folga entre o Natal e Ano Novo (para quem tem esse privilégio).

Mas, calma, temos o 13º salário, para amenizar a situação. O problema é decidir onde gastá-lo. Nos presentes, viagens, quitutes, reformas na casa, ou apenas pagar as dívidas?

Mas dezembro, pode, sim, ser o mês para desabrochar. Descobrir o que ainda é secreto em nós mesmas(os). Realizar coisas diferentes. Ser mais solidário, por exemplo. Exercer aquele discurso que fizemos diariamente: menos discriminação, mais distração, menos desânimo, mais doação, menos desesperança. Quem sabe? Uma proposta de dias mais divertidos pela frente.

Muitas(os) discordam. Consideram essa etapa triste, pois relembram as pessoas queridas que já não estão mais aqui. Mas tenho fé que, de onde estão, continuam conosco. Olhando por nós e desejando que tudo continue em paz. Então, podemos, sim, pretender um feliz final de ano.

Que os desgastes de 2017 sejam substituídos pelos devaneios de 2018. Em breve, os dados serão (re)lançados. Que tal, incluir nesses dados, o debate sobre como diminuir a dureza do cotidiano, nossos direitos e deveres, a tolerância ao que nos parece diferente? Chega de dores, dissabores, divergências e derrotismos. Afinal de contas, doravante, teremos um ano para eleger o(a) dirigente do país. Deus ajude a definir nosso voto para alguém que sinalize evidências de dignidade. Que tenhamos o discernimento entre o que é bom ou danoso para a nossa sociedade. Estamos desgastados com tanta corrupção. Candidatos que demonstram desrespeito aos direitos humanos, já devem estar fora de nossas agendas. E vestir pele de cordeiro nessa altura do campeonato é, no mínimo, desonesto.

Considerou o texto com muitos “Dês”. Pois, foi “de” propósito. Dedicado para desejar muita disposição e determinação para vencer o último mês do ano. Pratique o desapego do desnecessário. Desvie a tristeza. Drible as dificuldades. Que venha muita doçura pela frente. Aproveite, demonstre todo seu amor. Abocanhe, com todos os dentes, a sua vida! Viva o mês “D”, de dezembro. Amém!


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